quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Muito Além de um mero Mapa!

              Banda Além do Mapa

Apresentação no Bar Trapiche - Barreiras - Bahia
Quando ouvi o resultado final das primeiras gravações da Banda Além do Mapa (ainda no estúdio) me surpreendi muito, era difícil de imaginar que aquele som, aquelas letras e atitude musical vinham daqueles caras que, até então, só eram meus amigos. Demorei um pouco para digerir tudo aquilo, as letras que eu ouvia apenas em ensaios através de uma aparelhagem que não ajudava em nada, agora faziam todo sentido. Aqueles acordes e melodias, que as vezes eram interrompidos por muitas brincadeiras e discussões, neste momento, ficaram claros, audíveis e surpreendentemente arrebatadores. 
Foram alguns anos de ensaios, shows sem muita repercussão e um entra e sai de integrantes normal em toda banda iniciante, mas a Além do Mapa conseguiu gravar o primeiro "CD" (lançado apenas virtualmente) e desde então não parou. A frequência das apresentações aumentaram significativamente desde o lançamento das musicas e a presença e admiração do publico só vem crescendo neste ano de 2011. 
Pode parecer  "rasgação" de seda desnecessária, mas a verdade é que a  Banda Além do Mapa, é a unica banda local com um reconhecimento único e exclusivo por parte do publico pelo trabalho autoral. A banda faz covers em seus shows, mas sempre com a identidade própria impressa nas interpretações. Não basta tocar: Engenheiros do Hawaii, Los Hermanos, Beatles e tantas outras, tem que deixar a marca Além do Mapa em algum momento da apresentação.
Mas o que é o som da Além do Mapa? Bem... não é tão fácil de dizer ou rotular, eu poderia dizer que é um som Baiano, com todas referências a cultura Soteropolitana - Como na musica "Yemanjá" -  Poderia dizer que é aquele pop-reggae gostoso de se ouvir e de cantar - Como a musica "Deixa" - Poderia dizer que é aquele bom humor nordestino de não ter vergonha de falar que "estará com o zíper aberto, todo tarado" - Como em "Nada Romântico" -  ou imaginar uma história psicodélica ao som de guitarras pesadas e solos dignos de grandes bandas de heavy-metal - Como acontece em "Doce Vida". Poderia listar musica por musica  e encontrar referencias das mais diversas no som e nas letras da ADM, e ainda assim não teríamos uma conclusão final. O que eu posso dizer é que a Banda Além do Mapa tem uma sonoridade diferente,brasileira e nova. É assim que podemos tentar definir o som dessa Banda Baiana que tem tudo para conquistar cada vez mais o seu espaço no cenário musical brasileiro. Uma mistura improvável de estilos, gêneros e referências  que vem mudando os parâmetros da cena musical Alternativa de Barreiras-Bahia.

Banda Além do Mapa é: Ian Pitombo - Vocal
                                 Tiago Damiani - Guitarra
                                 Alam -  Bateria
                                 Caio -  Baixo
                                 Fernando - Teclados e guitarra.
Baixe e ouça, valerá a pena!


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Enquanto isso na aula de filosofia...

Continuo com essa mania
Sempre entro em conversas infinitas
Discursos antigos, velha filosofia

Immanuel, René, Tomás
Pensaram tanto, viveram pouco
E tudo ficou pra trás

E o tempo já passou
E o mundo já mudou
E vocês ficam aí...
Sem saber pra onde ir

Aspirantes a vagabundos
Pseudo-intelectuais
Professores e suas barbas
Com essa conversa fugaz

Sem querer menosprezar
Sem querer desmerecer
Cada um sabe o que faz
E uns não tem o que fazer



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Porre!

Porre!

E outra vez eu fico assim
com a cabeça girando e minha face sorrindo pra mim
olhando esses olhos tão distantes e caídos
imaginando um grande irmão me assistindo

Espelhos, sorrisos, tristezas e amarguras
tudo fluindo, indo...
água abaixo de forma orgânica
alcoólica, bucólica

vez ou outra isso faz sentido
isso é o que buscamos ?
isso é o que sentimos...

Meu altar, meu santo de louça
minha descarga emocional
meu papel não teatral

E a antítese do dia seguinte
só não mostra o meu anseio
e o que pensamos e falamos
fica morto no banheiro

a gente vive, pensa e corre
a gente nasce, cresce e morre
a gente come, bebe e Porre!


....

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ando escrevendo - Segunda Parte


O telefone tocou na velha recepção e Ítalo se apressou em ir atendê-lo. Era sua mãe fazendo mais uma ligação de rotina.
  • Oi filho, como tá o movimento aí hoje?
  • Ah mãe... como se você não soubesse, nada acontece nessa merda de hotel!
  • filho não fale assim, você sabe como seu pai esta empenhado em fazer isso dar certo
  • Saber, eu sei... mas ele é quem deveria saber que este hotel era, foi e continuará sendo uma utopia para a nossa família
  • tá bom filho, eu sei que você deve estar achando um tédio ficar trabalhando em época de férias, mas hoje é dia 1º de julho e quem sabe os negócios não melhoram a partir de agora?
  • é... quem sabe


Ítalo sabia que iriam melhorar e ele gostava quando o movimento no hotel aumentava,mesmo sendo suas férias, ele se sentia útil e sabia que o seu trabalho seria de alguma forma recompensado, já que os hóspedes, na sua maioria, amigos da família deixavam generosas gorjetas.

  • Falando em negócios, um amigo do seu pai que mora em Consolação vai chegar aí hoje, ele veio comprar umas terras na cidade e deu preferencia ao nosso hotel, talvez ele ligue para confirmar a “reserva” trate-o bem! Ah... antes que eu me esqueça, lembre de fechar a porta da lavanderia quando sair. Da ultima vez que fui aí percebi que algum animal tinha entrado lá e roído a fiação das máquinas...
  • Estranho... nunca deixei aquela porta aberta,mas tudo bem... é até bom que assim eu tenho o que fazer
  • então tá... mais tarde vou aí levar o seu jantar
  • ah! não precisa, eu comprei o que estava faltando aqui e, aliás, nem estou com fome
  • está bem, não vou me prolongar... Beijo filho, se cuida
  • tá ok, vou tentar!

Sem o barulho do telefone,agora, tudo estava naquela tranquilidade irritante que Ítalo odiava. A única coisa a se fazer era ligar o velho toca-fitas, da época do seu avó, no sistema de auto falantes do hotel e por pra tocar aquela fitinha do Led-Zeppelin que sempre ouvia quando estava sozinho e sem seus pais por perto, já que, junto com o Led-Zeppelin sempre vinha algo mais...
Ítalo era um garoto de 17 anos, um pouco acima do peso, de estatura mediana, rosto fino e um cabelo preto e liso que sempre deixava caído sobre os olhos. Meio desengonçado não chamava muito a atenção das garotas, mas tinha muitos amigos. Era aquele cara que sempre estava bem e disposto a fazer todos se divertirem, com ele não tinha tempo ruim, mas o que poucos sabiam é que Ítalo achava tudo isso um saco. Ele gostava muito dos seus amigos, mas preferia a solidão, gostava muito de fazer os outros sorrirem, mas se dava melhor com a melancolia que, de certa forma, o ajudava pois em seus momentos de ócio criativo sempre pegava o seu velho violão e compunha as mais tristes e belas melodias, sentado à frente do Hotel logo abaixo do letreiro luminoso que há muito tempo não se ascendia. 


Há alguns quilômetros dali na estrada que liga Redenção a uma cidade vizinha, chamada Consolação, Alfredo – um negociador de terras - dirigia uma pick-up D10, antiga, de cor marrom, sem saber direito como chegar ao velho Hotel Itália. Num dado momento da viagem ele parou o carro e olhou através do espelho retrovisor, ninguém, nada, nenhuma alma viva por perto, desceu da caminhonete e observou tudo o que sua vista alcançava, com aquela calma comum à pessoas que passam toda sua vida no interior, sabia que aquelas terras um dia já haviam sido da sua família, mas que, a muito tempo foram roubadas e vendidas para a família Santino.
Seu pai ,o velho Nestor Fernandes, não havia engolido até os dias de hoje a forma como aquelas terras, que incluíam as redondezas do Hotel da família Santino, foram “tiradas” dele. Seu Nestor era um homem ganancioso e inescrupuloso, na época da venda das suas terras comprou uma briga infernal com grileiros das redondezas e quase foi morto em uma emboscada próxima a cidade de Consolação. Seu filho único ,Alfredo Fernandes, Tinha mais ou menos 45 anos -Talvez sua aparência fosse de um homem mais velho – barbudo, de jeito caipira, dono de uma inteligencia e sabedoria que não se via em qualquer pessoa do interior. As brigas do sr Nestor só não foram adiante com os Santino pelo bom senso de Alfredo que ,além de tudo, era um grande amigo de Carlo Santino.

Mais alguns quilômetros adiante, Alfredo avistou um telefone público bem em frente a uma escola, que parecia estar abandonada, andou alguns metrôs de onde tinha deixado o carro e foi em direção ao orelhão que estava envolto por muito mato. Tirando o telefone do gancho,notou que ainda estava funcionando.
  • que sorte! – pensou.

Sorte esta que não adiantou pra muita coisa já que ninguém atendia a ligação do outro lado.

  • Puta merda!, a essa hora vão pensar que eu não irei mais ao Hotel – Alfredo pensou um pouco e decidiu arriscar, já que estava anoitecendo era bom se apressar em chegar a Redenção, uma vez na cidade decidiria se ia continuar a viagem de mais 3 quilômetros até a entrada do Hotel Itália ou se acomodaria em alguma pousada do centro.

Longe dali Ítalo terminava de remendar o ultimo fio da máquina de lavar que,segundo sua mãe, foi roído por algum animal do mato. A esta altura já havia anoitecido e ele perdido completamente a noção do horário, só foi se ligar quando notou que a sua fita do Led-Zeppelin já havia dado umas três voltas no aparelho de som (é... o som do Hotel era auto reverse).

  • Cacete, o amigo do meu pai já deve ter ligado, vou levar outro esporro do velho! e a essa altura esse cara nem vem mais!

Ítalo se esforçava bastante para cuidar de tudo, na ausência do seu pai, já que Carlo cuidava somente da parte administrativa. Nem sempre o sr Carlo Santino era justo com o seu filho e as broncas eram constantes. Ítalo nem se lembrava da ultima vez que o seu pai tivesse lhe dado um abraço ou uma palavra de incentivo, mas eram incontáveis as reclamações e brigas entre os dois.

Numa corrida rápida da lavanderia até a recepção, Ítalo se apressa em tirar um pouco da poeira acumulada sobre os móveis enquanto ouve o noticiário no rádio:

  • atenção: acaba chegar até a nossa redação a informação de que o grupo de bandidos que assaltou uma agência bancária em Santa Brígida,ontem a noite, seguiu em fuga para a cidade de Redenção, pela antiga rodovia Federal numa velha pic-up.  Populares afirmam que os delinquentes não conseguirão ir a lugar algum seguindo esta velha estrada,já que em muitos trechos a rodovia está intrafegável...”

Como num pesadelo, Ítalo, estacou no momento em que limpava a escrivaninha. Ficou ali paralisado até encontrar forças para sair. Ele sabia que,mais cedo ou mais tarde, aqueles assaltantes iriam passar pelo hotel e consequentemente mete-lo em uma enrascada tremenda. Ítalo se apressou em desligar o rádio e buscar aquela velha espingarda cartucheira que o seu pai guardava embaixo da cama no quarto 122. Sem ter muito tempo para pensar, Ítalo novamente paralisou ao sair da recepção em direção aos quartos que ficavam num corredor aberto ao redor de um estacionamento - como qualquer hotel de beira de estrada -. Sentindo um calafrio tremendo e com as pernas bambas ele não acreditava no que via vindo em sua direção. Parado e apavorado, respirou fundo e falou consigo mesmo.

  • Estou perdido... estes caras não perdoam ninguém. E se eu disser que não há nada a ser roubado, talvez pensem que estou de brincadeira!

Mas já era tarde de mais, o farol que fez Ítalo parar se aproximou da cancela de entrada e só se apagou quando o carro encostou na recepção após dar três buzinadas.

  • Seja forte, talvez eles não te matem – Ítalo se encorajava.

Foi então que num acesso de medo, ansiedade e loucura Ítalo disse:

  • Fique parado onde está, você não é bem vindo aqui!.

    O que aconteceu em seguida fez Ítalo se arrepender profundamente.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Ando escrevendo...

Pois é pessoal, mesmo que eu não venha postando minhas pérolas no blog eu andei escrevendo uma pseudo-história de "mistério". Desta feita, eu quero compartilhar o começo desta minha nova empreitada das madrugadas ociosas com vocês que acessam esta parada!
Vamos começar por partes... toda vez que me der na telha eu postarei um pedacinho deste meu Thriller de suspense ,ainda sem título, inspirado nos mestres do estilo,como: Agatha Christie, Alfred Hitchcock, Stephen King e tantos outros que me inspiram.

Aqui vai introdução da história, que no primeiro momento é toda em 3ª pessoa:


Introdução:



As ultimas folhas verdes já haviam caído das arvores de troncos retorcidos e a grama, antes verdejante, agora se parecia mais com os estepes áridos de algum deserto norte-americano, lugar muito longe de onde tudo aconteceu. Era julho e aquele clima quente do oeste baiano dava lugar a uma certa friagem, seca mas agradável e para quem passava a maior parte do ano tentando concertar aparelhos de ar condicionado defeituosos do Hotel Itália o alívio era maior. Para o jovem Ítalo Santino responsável pela manutenção, recepção e todos os serviços do Hotel Itália o mês de Julho era uma verdadeira recompensa. Além de não ter aula neste período o Hotel recebia o seu maior número de hóspedes devido a "alta temporada". Não que a pequena cidade de Redenção tivesse um potencial turístico, mas como haviam muitas pessoas que recebiam parentes para as férias, o movimento aumentava significativamente, de nada para mais ou menos trinta hóspedes, neste mês.
O Hotel Itália estava decadente, sua pintura descascada e as vias de acesso quase não existiam mais, de nada lembrava aquela pequena, porém, imponente construção de madeira no estilo dos Moteis americanos de beira de estrada, construído para ser a garantia de estabilidade da família Santino por varias gerações.
Sempre que Ítalo se via sozinho naquela recepção vazia, onde haviam apenas uma escrivaninha, um sofá de couro amarronzado e alguns quadros que remetiam a vida simples no campo, ele se lembrava daquela velha história que seu avô João Santino sempre o contava. O Hotel Itália nasceu junto com a promessa de uma rodovia federal que iria ligar a pequena cidade de Redenção no interior da Bahia ao resto do Brasil, a rodovia até que saiu do papel na década de 1970 com as obras de infraestrutura do governo militar que vivia o seu auge no milagre econômico. Em tese, o começo, foi um sucesso, o governo abriu a estrada, muitas famílias se deslocaram para as proximidades, alguns empresários se instalaram à margem da rodovia, mas o asfalto e a manutenção não chegaram, além do mais, com conclusão da obra não efetuada a estrada federal que ligaria Redenção ao progresso serviu apenas para ligar as comunidades rurais a zona urbana. Foi nesta época que o senhor João Santino, filho de imigrantes italianos, decide abrir o seu Hotel Itália, que iria acomodar turistas e todos que estivessem por passagem pela cidade, mas o empreendimento já estava fadado ao fracasso. Pouco depois de sua inauguração o hotel já enfrentava dificuldades para se manter, até que o seu João decidiu fechá-lo em meados dos anos 80 com o discurso de que, naquele local mesmo com todo esforço, não iria conseguir nada, pois havia algum tipo de maldição naquele terreno, comprado muito tempo antes de um grileiro mal intencionado. O hotel só foi reaberto muito tempo depois ,por Carlo Santino pai de Ítalo e filho do seu João, após a morte do patriarca da família. Carlo só o fez para provar a si mesmo e aos familiares que esta história de maldição era apenas uma desculpa arranjada pelo seu pai anos atrás para justificar o seu fracasso. Mas de uma coisa Ítalo tinha certeza, naquele hotel aconteciam coisas realmente muito estranhas e ele não queria estar ali para contar a próxima história.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

As Melhores coisas do mundo! Nossa... Não é que é bom!

Desculpa quem lê o blog... foi falta de assunto!
"Nossa... não é que é bom!"Foi essa a expressão que eu usei ao final do filme - As Melhores Coisas do Mundo - assisti despretensiosamente e é assim que este filme deve ser visto. Um filme nacional que ,antes de fazer alguma crítica social ou apelar pro puro sexo fora de contexto, contou uma história de uma família brasileira de classe média, com os seus problemas  "classe média" e acima de tudo de uma forma espontânea e sem rodeios.  Sinceramente  eu nunca pegaria este filme na locadora pela capa, pela sinopse ou pelo elenco (que conta com Paulinho Vilhena e Fiuk). Vi o filme porquê me passaram uma cópia (pirata e ilegal) e acabei gostando, mesmo eu não sendo de uma família abastada como as dos personagens me identifiquei com algumas coisas que realmente acontecem com adolescentes, e isso não importa a classe social ou em que mundo vive a pessoa, são coisas que vão ser sempre iguais com qualquer um. Questões como a primeira vez, separação dos pais (esta com um agravante muito delicado) pé na bunda da namorada e outras coisas estão nesse filme da horinha, como diria o meu amigo Luiz Boça. Se puder assista... mas não vá esperar muita coisa, ou melhor, não espere nada e tire suas próprias conclusões!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Os limites do Humor! (se é que eles existem)

      


Seria melhor ter ficado sem essa
Muito tem se falado, ultimamente, sobre até onde pode ir uma piada, se ela pode tocar em determinados assuntos considerados tabú ou apenas rir do óbvio, cotidiano e "defeituoso". Pois bem, os integrantes do programa Comédia MTV sentiram o drama de mexer em um "vespeiro", o que seria um trocadilho idiota acabou se tornando numa confusão tremenda e gerando até um abaixo-assinados pedindo a saída do programa do ar. Tudo aconteceu quando o programa resolveu parodiar o reality-show Casa dos Artistas - sucesso do SBT no início da década passada - fazendo um trocadilho com o título do programa, que virou a Casa dos Autistas. Ao que me pareceu era pra ser apenas mais uma piada de Marcelo Adnet e Cia, daquelas que  faz rir por ser óbvia e repleta estereótipos, mas não, a confusão fez com que a equipe e a emissora se retratassem publicamente e teve gente que achou pouco. 
Para mim é muito difícil entender essa onda do politicamente correto que ronda os meios de comunicação, parece que tudo se torna preconceito ou racismo na boca de um humorista, neste caso o pessoal do Comédia MTV podia ter evitado o confronto com os pais de filhos autistas, não pelas conseqüências da repercussão, mas sim pela sketch ser muito ruim, talvez até pela carga de estereótipos e lugares comuns (o que as vezes funciona no programa). 
Exemplos de humoristas bons estão em todo lugar e isto não significa que eles tenham que dizer coisas que todos vão gostar, as vezes eles contam piadas sobre regiões do Brasil,por exemplo, e eu como baiano  poderia ficar enfurecido com o tipo de baiano retratado em piadas e "causos " populares, mas sei que isso é humor e sei que isso funciona. Baiano não é preguiçoso porque, bem... eu sou um e sei que não é bem assim, do mesmo modo que os gaúchos não são gays (existem excessões), e que todos os cariocas não são traficantes ou que todos os cearences tenham a cabeça chata e etc... Tem gente que gosta do riso fácil e essas piadas são um prato cheio. 
Pela Bio já da pra ter uma idéia
No Twitter e em toda internet a liberdade "editorial" é bem maior e os pseudo-humoristas se esbaldam nos excessos que, as vezes, dão certo como é o caso do twitter do Humor Negro (@HumorNegroo) que faz post's carregados de um humor preconceituoso e ainda assim ( na minha opinião) consegue ter sacadas inteligentes e hilarias daquelas que você decora para contar para os amigos. 
Como disse o Rafinha Bastos (cqc) no extinto programa Lobotomia da Mtv,  preconceito é não fazer piada sobre determinado assunto, raça, nacionalidade ou condição física. Segundo o Rafinha um deficiente físico se sentiria mais discriminado se não tivesse uma piada falando sobre ele no seu show. 
Gostando, ou não, o humor é uma forma de arte e expressão e para que ele seja genuíno tem que haver a liberdade e junto com esta liberdade o bom senso e o senso do ridículo para que uma brincadeira boba e inocente não se torne um crime de discriminação ou preconceito.   

terça-feira, 29 de março de 2011

A Receita de Bolos do Dan Brown

Dan Brown ,para quem não sabe,é um escritor muito polêmico e de grande sucesso no mundo todo, seus livros vendem como água e todos se tornaram Best-sellers, principalmente depois do estrondoso alarde causado pelo seu campeão de vendas, "O Códico Da Vinci",  que virou até filme protagonizado por Tom Hanks - fato que causou estranhamento de muitos de seus leitores que não concordaram com a escolha do ator por acharem ele muito diferente do perfil criado para o personagem na descrição do livro - mas isso tudo é só para refrescar a memória dos que o conhecem e situar os que não se lembram (porque nunca ter ouvido falar do Dan Brown ou do Códico da Vinci é quase impossível).
Dan Brown e o seu Código da Vinci
.Minha experiência com os livros do Dan Brown só foi acontecer este ano (2011) por pura falta de interesse em modinhas de momento. Bem, era isso que eu pensava deste autor, mais um livro que vira filme e todo mundo lê , assiste o filme, vê documentários sobre o tema e com o tempo se esquece... Enfim só vim a ler um livro do Dan Brown porque me emprestaram e eu comecei pela ultima obra do cara "O Símbolo Perdido". Posso confessar que gostei, achei muito interessante as tramas e a construção do personagem principal  "Robert Langdon " - este que é protagonista de outros dois livros e que em nada lembra um ator como Tom Hanks - um professor simbologista, atlético e com uma perspicácia incrível.
Li também o primeiro  livro do Dan, "Fortaleza Digital" que não tem Robert Langdon como personagem principal e sim uma série de outros personagens que juntos formam traços da personalidade de Langdon. Talvez isso tenha deixado a leitura massante, um tanto quanto monótona e repetitiva, fazendo eu me enjoar fácil da leitura deste livro e acabar tirando conclusões precipitadas.
Tudo começou aqui...
Bem... posso estar sendo, mesmo, precipitado chegando a uma conclusão tendo lido apenas dois livros do Dan Brown ( também assisti "O Código da Vinci") mas, para mim, ele aprendeu uma receita de bolos que vai guiando as suas histórias, de modo que os leitores já começam a prever as situações que estão a vir antes mesmo da metade do livro. Tudo muito igual, um código inquebrável ou indecifrável, uma questão de segurança nacional, um homem que sabe como desvenda-lo,criminosos que estão atrás do mesmo código, o  "mocinho" que sempre conta  com a ajuda de uma bela e inteligente parceira para juntos resolverem todos os problemas e no final ainda existe a conversa mole e o clima de romance entre os dois.
Dan Brown é um bom autor seus livros e as adaptações para o cinema prendem a atenção de quem lê ou assiste, mas se torna muito chato pra quem já conhece o seu estilo de escrever. A verdade é que ele encontrou o caminho certo(para o bolso dele) e que o Código da Vinci  tornou-se uma franquia, uma marca que dá lucros tanto nos livros quanto nos filmes e como a nós(brasileiros) o Dan Brown parece  conhecer a expressão "Não se mexe em time que tá ganhando". Então, enquanto o  Robert Langdon e suas aventuras meio-clichês estiverem dando resultado$... bem... eu acho muito pouco provável que o Dan Brown incremente essa receita de bolos que ele criou.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Eu Julguei um Livro pela Capa!

Galera... eu andei um pouco distante do blog e isso me fez um pouco de falta, não sei porque eu gosto de escrever aqui, mesmo tendo quase certeza que pouquíssimas pessoas lêem, mas vamos adiante. O ano chegou e mesmo  antes do carnaval ele já teve início de verdade. Com o novo ano não poderiam faltar promessas e eu fiz uma bastante tentadora, ler pelo menos um livro por mês. No mes de janeiro consegui ler dois, o que me da uma certa tranqüilidade em relação a fevereiro e uma certa preguiça de ler o terceiro do ano, mas isso tudo é desnecessário pois o que vou dizer é como eu fiquei durante anos adiando o prazer de ler uma autora. Pois bem me perguntaram o que eu queria ganhar no natal (mesmo não sendo mais criança minha família mantem esse costume) eu disse que queria livros e foi o que eu ganhei. O livro "Bala na Agulha" do Marcelo Rubens Paiva que eu já conhecia de "Feliz Ano Velho" e "Blecaute" e um livro da autora inglesa Agatha Christie intitulado "Depois do Funeral", esta que eu sempre evitei ler por uma certa ignorância e uma confusão que eu fiz com o seu nome. Sempre liguei o nome de Agatha Christie à romances de banca de revista,( talvez por seu nome lembrar os títulos desses romances agua-com-açúcar: Agatha, Cínthia, Júlia, Bianca e etc...) o que é totalmente equivocado pois Agatha Christie é a maior autora de livros policiais e de suspense do século XX. E neste livro em especial ela escreve mais uma história dele que é o segundo maior detetive da ficção, Hercule Poirot (só fica atrás, é claro, de Shelock Holmes) que tem a missão de desvendar uma série de assassinatos em uma rica família inlgesa.
O livro é daqueles que você não para de ler até saber do desfecho, que neste caso é surpreendente, a gente fica adiando a leitura só pra ter o prazer de mais algumas horas de mistérios e intrigas de família. Indico pra quem quiser os livros desta autora que já me cativou e os outros que citei aqui que também são muito bons.´
É isso aí pessoal, leiam e tentem olhar além da capa ou do que o título possa passar porque nem sempre quem fez a capa foi aquele que escreveu o livro! :-)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

MTV a TV das Reprises !


Mais um ano chegou! Êh... Sim! (vamos pular esta parte do início de ano).
Como vocês já sabem, ultimamente, eu estava fazendo posts de acordo com minhas experiências com filmes, musicas e outros. Mas acontece que neste período de “férias” para mim e para maioria das pessoas é muito difícil pensar em algo que não seja se divertir sem compromisso. E foi isso que eu andei fazendo, com uma exceção, ver TV é óbvio!
Nessas ultimas semanas tenho assistido mais TV do que de costume e por conseqüência ando pensado muito na realidade da TV brasileira e com maior atenção para uma emissora, que já foi a única TV musical do Brasil a MTV.
RTV - Reprise Television
Em época de férias é comum que alguns profissionais da TV tirem uma folga, mas o que é que acontece com a MTV?  Parece que todos os seus funcionários estão no Guarujá curtindo o mormaço das praias paulistanas. Nada novo, nem noticias novas, nem clipes e nem shows novos. Eu sei que eles têm uma programação de verão e tal... Mas neste intervalo entre o natal e as primeiras semanas de Janeiro a programação se rende as reprises. O problema todo é que são reprises de programas muito recentes ou muito ruins (pra não dizer intragáveis). O que dizer da família Restart? E aquele programa A Dois? E o Furo MTV (um dos melhores programas da MTV) com notícias velhas? A emissora deve repensar bastante suas reprises, daqui a pouco vão começar a reprisar os programas da época da Astrid(leia-se muito velho)!
Ainda assim existem ressalvas a se fazer como no caso do Luau Mtv dos verões de 2001 e 2002 com Capital Inicial, Rita Lee, Titãs e mais alguns que não me recordo. Também tem o Top Top que vem sendo reapresentado todos os dias mais ou menos às 12 horas, mas chegará um momento que irá cansar. Só mais uma coisa “boa” que ocorreu com o ano novo foi sem duvida a extinção do caça-níquel televisionado denominado Quis TV! É uma vitoria terem tirado aquela aberração do ar, só por isso ainda fiquei menos decepcionado com a programação da MTV nesses dias!
  
Quiz TV - Estrume televisivo
Tirando isso não existe mais nada de interessante na programação de férias da emissora musical, a noite, por exemplo, é impossível assistir ao canal que de uns tempos pra cá se tornou POP demais pro meu gosto e eu digo POP no sentido mais pejorativo que a palavra possa ter!