sexta-feira, 22 de maio de 2015

Sobre o Contínuo espaço-tempo

    Alí... sentado numa cadeira  olhando o relógio a cada 5 segundos, o tempo entrou em um estado de ibernação, que só quem vive dias de tédio entende. Muito tempo se passa... Horas, talvez dias, quem sabe semanas e então o tempo volta a correr. E entre uma mensagem de celular dizendo "Tô saindo" e a mais uma outra dizendo "Tô na porta" o tempo parece ter guardado toda sua força, vigor e velocidade para os momentos que começam a se seguir!
Subo aquelas escadas com o mesmo temor e hesitação da primeira vez, observando cada detalhe, cada  luz acesa e todo sinal sonoro. Consigo superar e subir até o próximo obstáculo... enquanto isso o relógio que se recusou a trabalhar antes, agora parece fazer seu serviço freneticamente. Chego aquela porta e batendo de forma tranquila tento esconder a  ansiedade e expecativa. De novo o relógio parece parar... e fico a esperar horas, dias, talvez semanas... quanto mais próximo mais distante parece estar... de repente um ruído, conversas incompreensiveis e risadas do outro lado. Uma sombra se aproxima do olho mágico, que escurece, denuciando a presença de alguém. Mais uma vez espero e, de súbito, aquela janelinha da porta se abre. Como eu esperei por isso... aquele sorriso estava enfim a minha frente, aqueles olhos olhando pra mim evidenciando o sentimento e capturando o meu sorriso desconsertado e feliz. Quando então... a janelinha se fecha. Mais uma espera, será que esperarei horas, dias, semanas?  Não... a porta se abre e posso ver e sentir na sua totaliadade a pura e verdadeira felicidade. Um abraço, um beijo, mais um abraço e o relógio volta a trabalhar desonestamente para mim. Me deixo levar pela vontade de ser feliz, como nunca tinha sido antes, e quando menos espero,  por acaso, me deparo com o relógio.. e percebo que já se passaram horas, dias, semanas... mas quer saber!? que passe, nesse momento nada mais me importa!

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